Inovação 10/03/2025 Publicado

Hospital Dom Joaquim executa cirurgia inédita em bebês

Hospital Dom Joaquim executa cirurgia inédita em bebês

Avançar em prol da saúde pública, oferecendo inovação, equipamentos de ponta e uma equipe altamente qualificada é o trabalho que o Hospital Dom Joaquim, administrado pelo Instituto Maria Schmitt-IMAS, tem feito pela população da macrorregião Sul de Santa Catarina. Desta vez, a unidade emplacou mais um procedimento inédito: as cirurgias de extrofia de bexiga (quando o órgão se desenvolve fora da barriga) feitas em bebês de 5 meses e 1 ano de vida.

Segundo o médico Rafael Deyl, cirurgião pediátrico e cirurgião robótico certificado, que comandou os procedimentos juntamente com sua equipe de especialistas, atualmente a incidência de extrofia de bexiga é de um a cada 30 mil nascidos vivos. “É uma má-formação que acontece no período inicial fetal, quando em algum momento do desenvolvimento do embrião acontece algum problema e os bebês nascem com a exposição da bexiga”, explanou.

Foi o caso do bebê Gabriel dos Anjos do Nascimento, de cinco meses. Sua mãe Elizângela dos Anjos do Nascimento conta que descobriu o problema aos oito meses de gestação. Moradora de Araranguá, foi encaminhada para Florianópolis, pois sua gravidez era de risco. “Quando ele nasceu, fiquei apavorada, cheia de dúvidas e angustiada, pois tivemos que esperar na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) porque não tinha profissionais para esse tipo de cirurgias”, revelou.

Com a família da pequena Valentina Bueno da Rosa, de um ano, a angústia foi ainda pior. “Descobrimos na hora do parto a má-formação da minha filha. Ficamos aflitos e sempre na expectativa de também ter profissionais para essa correção”, conta a mãe da menina Alessandra Bueno Guimarães, moradora do Morro da Fumaça.

Conforme Deyl, o ideal é que se opere nas primeiras horas de vida com alguns detalhes técnicos. “O problema é que quanto mais velha for a criança, mais difícil é a cirurgia, pois as estruturas ósseas ficam mais endurecidas, a musculatura fica mais afastada, tem que fazer uma plástica do abdômen para que consiga fechar esse defeito da parede. No primeiro estágio da cirurgia, temos que fazer o fechamento da bexiga, fechar parcialmente a uretra e, no segundo momento, quando a criança for um pouco mais velha, faz a correção da incontinência urinária”, enfatiza o médico.

Dr. Rafael explica que por ser uma má-formação complexa, muitas vezes, a maior dificuldade é encontrar uma equipe cirúrgica treinada para realizar o procedimento, além da necessidade de uma sala cirúrgica livre de látex, pois esses pacientes ao longo da vida irão fazer inúmeras cirurgias e podem desenvolver uma alergia a esse material. “A fila que a gente tem dessa má-formação muito complexa e rara, não é uma fila grande, mas é a dificuldade de encontrar essas condições ideias. Tem que ter um local compatível que a gente consiga ter o distanciamento do látex, e, principalmente, uma equipe que esteja altamente treinada para fazer esse tipo de procedimento”, revela.

Graças a especialização da equipe de cirurgias pediátricas do Dom Joaquim as famílias do Gabriel e da Valentina não esperaram mais. “Quando eu recebi a ligação para a consulta e, posteriormente, a marcação da cirurgia com o Dr. Rafael e eu fiquei muito feliz. Em menos de 15 dias ele fez o procedimento que foi um sucesso. Agora vai ser mais fácil os cuidados com ele. Acabaram aquelas dificuldades que eu tinha na questão da higiene especialmente. É um alívio. Aqui o atendimento é ótimo”, disse Elizângela, mãe do Gabriel. “Também estou muito feliz. Um ano esperando por esse momento. O médico é maravilhoso, nos passou muita tranquilidade para a cirurgia. A estrutura do hospital é ótima. Vida nova agora”, garantiu Alessandra, mãe da Valentina.

De acordo com a diretora do Hospital Dom Joaquim, Mariele Dassoler, a ampliação e a inovação dos serviços de cirurgias pediátricas era algo muito almejado pelas famílias. “O Dom Joaquim hoje tem uma excelente estrutura para um atendimento resolutivo e humanizado, em que possamos garantir que essas crianças não esperem mais tanto tempo por um procedimento e possam ter mais saúde e qualidade de vida”, concluiu a diretora.


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